sábado, 9 de junho de 2012

Certezas


Eu estava saindo do trabalho naquela noite quando uma pessoa me gritou – e eu, obviamente, reconheceria aquela voz em qualquer lugar. 


- Marina! O que faz aqui em Bridgeport?
- Vim resolver minha vida. Recebi uma proposta de emprego para trabalhar no Restaurante do Steve. Vim aqui fazer uns exames necessários.
- Nossa! Parabéns! É um ótimo lugar. Não sabia que você trabalhava na carreira de culnária.
- Ah, eu fiz o curso de Gastronomia quando estava em Riverview.  E você? Como tá?
- Ah, to bem. Recebi uma proposta de emprego para ser o diretor do hospital de Sunset Valley. Devo me mudar em algumas semanas.



- Sua mãe me contou que você vai casar... Parabéns!
- Ah, obrigado. – Respondi meio desconsertado.
- Eu... Tenho de ir. Até mais.
- Até, Marina. Boa sorte!
- Pra você também!



Peguei o carro no estacionamento e quando passei pela frente do hospital, Marina ainda estava lá a olhar para o horizonte.
Ela ainda mexia comigo. Algo tão forte, tão intenso...



Enquanto ia pra casa liguei o rádio do carro. Talking To The Moon do Bruno Mars era a música que tocava. A música que por anos me fez lembrar dela... Parecia que quanto mais voltas eu dava, eu sempre voltava ao mesmo lugar: Marina.



Achei melhor não ir para casa naquele momento. Era incrível como a presença de Marina me fazia refletir.

Cheguei ao Mirante Bogaard e dali fiquei olhando os prédios, as poucas árvores, as poucas pessoas que conseguia enxergar. Ali eu me sentia como se estivesse no topo do mundo, acima de escolhas, erros... Tudo!



- Pensar na vida é bom, mas cuidado! A vida passa rápido demais! – Disse um senhor que sentou-se no banco que estava atrás de mim.



Virei e caminhei até o senhor.
- Boa Noite!
- Boa!
- Posso sentar?
- Claro!



Sentei-me ao seu lado e ele começou a falar.
- Um dia eu fui assim como você! Jovem, bonito, tinha um carro bom... Mas hoje em dia nada disso me vale.
- Como assim?
- Eu fiz as escolhas erradas... Hoje tenho de viver de favor na casa do meu filho...
- Sua esposa já faleceu?
- Não... Ela se separou de mim.
- Ah, sinto muito.



- Não sinta! – Ele me repreendeu. – A culpa toda foi minha. Ela sempre me amou... Sempre me apoiou e eu me casei com ela por que a mulher que eu amava casou com outro. Se eu tivesse lutado pelo meu primeiro amor tudo teria sido tão diferente. Se eu não tivesse sido fraco, eu teia sido feliz.
- O senhor não foi fraco. Todos nós cometemos erros!
- Eu sei, mas eu não lutei pela minha felicidade. Eu me acomodei, garoto.
- Eu também. 



- Você ainda é jovem. Não cometa os mesmos erros que eu.
- Sabe... Eu me apaixonei por uma garota na adolescência, mas ela me traiu. Eu a perdoei. Esse ano conheci outra garota incrível que eu amo, mas ainda sinto algo aqui dentro pela primeira. E não sei o que fazer. Eu amo as duas!
- Não... Você não ama as duas. Garoto, eu nunca amei minha esposa. Até hoje sou apaixonado pela minha primeira namorada. Na minha época era tudo complicado... Os pais se metiam nos casamentos... A minha esposa é e sempre foi extremamente linda, mas eu não a amei. Sabe por quê?
- Não...
- Porque quando se ama uma pessoa, nenhuma outra garota nos faz mudar de opinião. Pode ser a mais bela, a mais rica... O coração escolhe.
- Entendi. 



- Se você amasse de verdade a primeira garota, a que te traiu, você nunca teria se apaixonado por essa garota de agora. Pra que complicar tanto a vida?
- Mas... E o que eu sinto pela primeira garota?
- Afeto. Carinho. Tesão. Não amor.
- Faz sentido.
- É claro que faz. Vá atrás da sua felicidade, do seu amor! Faça a escolha certa. 



Levantei e disse:
- Obrigado! O senhor me fez perceber o quão idiota eu fui o tempo todo! Foi um prazer conhecê-lo!
- O prazer foi todo meu!



Sai correndo e parei ao ouvir o senhor dizer uma frase:
- Seja feliz, Edward!



Parei e voltei em sua direção.
- Como o senhor sabe meu nome se eu não o disse?
- Eu te conheço do hospital.
- Ah. Até mais!



Assim que abri a porta de minha casa, avistei Carol parada.
- Amor, fiquei preocupada! Onde você estava?
- Eu estava percebendo o quanto eu sou burro! 



Não deixei que ela falasse nada e a beijei. Beijei da forma mais intensa e vivaz que poderia. Um beijo de primeira vez. 



- O que deu em você?
- Nada... Eu só sei que quero te ter ao meu lado pra sempre!

***Avisos***
Eu sei que estou sem atualizar a um tempo, mas não consigo ficar sem escrever. Antes de mais nada, quero dizer que não terei data certa para atualizar, provavelmente nos finais de semana. Sobre outras histórias, comento mais depois.

4 comentários:

  1. Olá filhote, tudo bem com você?

    Palavras sábias as do velho. Que bom que voltou para a Carol, fazem um par lindo!

    Beijinho, fique bem!

    P.S. Veja o meu diário novo "Diário de BeAz II"

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    1. Mamãe, tudo bem sim comigo! E como você está?
      O Edward e a Carol fazem um casal muito lindo, mas ele e a Marina também combinam não é? kkkkkkk'
      Beijos ;**

      P.S.: Verei seu blog ;B

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  2. Paaain *-----* Você voltou!! *-* Como você ta seu sumido? Mta saudade de ti ;/

    Esse velhinho não conhece o Ed do hospital né!? Claaaaro que não! Mas tudo bem, as palavras dele foram sábias, mtmt sábias! Gostei dele... Agora fiquei curiosa com esse velho, mt suspeito ele kkkkkkk'
    E que o Ed finalmente tire a Marina da cabeça, amém o/ kkkkkkk' Que ele seja feliz com a Carol, embora eu ainda prefira ele com outra, me contento com a Carol ;D

    Beeeeijos ;* E vê se não some eein!

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    1. Filhota, é a minha vida de pré-vestibulando =[
      Esse velhinho será um "enigma(zinho)", nada demais =]
      Ele vai aparecer no final. "Como ele aparecerá" ai é outra história kkkk' Decidi com quem o Edward fica, mas fiquei extremamente receoso =/
      Eu gosto MUITO da Carol, acho que ela dá ao Edward a força que ele merece, mas a Marina... Bem, apesar dela ser fofa, ter se arrependido, ela o traiu. O Edward tem uns traços meus, e eu não perdoaria uma traição... =/
      Beijão ;**

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