sábado, 23 de junho de 2012

A Outra Face Da Moeda


Resolvi dar um passeio com Rufus naquele domingo. Caminhar pela cidade faria um bem imenso para mim, embora o ar de Bridgeport não fosse dos mais agradáveis.



Cheguei em casa e avistei Carol conversando com um rapaz na sala.
- Bom dia! – Cumprimentei-os.
- Edward! - Ela falou meio assustada. – Amor, esse aqui é o Gustavo. Um... Amigo meu de Hidden Springs.
- Ah! Prazer, Gustavo!
- O prazer é meu, Edward! 



- Eu vou pro quarto, tomar um banho... Podem conversar a vontade. – Falei tentando ser gentil.
- Não precisa, Edward. Eu... Eu já vou embora. – Ele virou-se para Carol. – Até mais, Carolina. Eu fiquei muito feliz em te ver. Pensa bem no que eu te disse.
- Até mais, Gustavo! – Ela respondeu.



Abri a porta para Gustavo e ele foi embora.
- Simpático o teu amigo. – Falei de forma sincera.
- Ele... Não é meu amigo... O Gustavo é meu ex-noivo.
- Ex-noivo? – Perguntei incrédulo, afinal Carol nunca havia me falado de um ex-noivo.
- Eu não quis falar porque era um assunto delicado pra mim, Edward... Não pense que eu quis ocultar isso. É que quando nos conhecemos eu havia terminado com o Gustavo há quase um mês e vim para Bridgeport justamente pra esquecer o que ele fez...



Fui até Carol e a abracei.
- Meu amor, não se preocupa quanto a isso. Eu sei como esses assuntos são delicados.
- Eu descobri que ele teve um caso com uma amiga minha... E o pior é que mesmo depois desses meses, da mágoa, eu ainda... Me sinto ligada a ele.
- Eu sei como é isso, amor. Afinal, eu passei por isso por anos, até te conhecer. 



- Edward, me diz uma coisa: você sente algo ainda pela Marina?
- Eu... Acho que não. Por quê?
- O que você acha da gente dar um tempo?

Não esperava aquele pedido de Carol naquele momento. Era a última coisa que eu pensaria em fazer, mas ela precisava de um tempo, e eu, acima de tudo, tinha o direito de dar um tempo a ela, afinal, ela também me deu um tempo até que eu descobrisse que a amava de verdade.



Insisti para que Carol ficasse em minha casa, mas ela disse que iria pro antigo apartamento da Rosana. Me despedir dela foi algo doloroso, mas eu tinha de esperar... 



O que mais me fazia sentir mal era que eu estava só novamente. Não tinha uma companhia humana em casa. É claro que Rufus supria o carinho que – em partes – eu necessitava, mas eu não teria a companhia do meu fiel escudeiro por toda a minha vida. Foi ai que eu percebi que Rufus já tinha 12 anos e que não tinha encontrado uma “namorada”.

Acho que era a hora do meu amigão encontrar uma namorada.


4 comentários:

  1. hummm...esse negócio de dar um tempo...para mim quer dizer que a relação esfriou....sei não! =(

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    1. Vozita, depende...
      As vezes eu acho que é bom quando precisamos repensar, sabe? Acho que vale a pena sim =]

      Beijão

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  2. Para mim também não tem essa do tempo, ou ama ou não ama, não é com o tempo que vem a amar.

    Beijo filhote!

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    1. Mamãe, acho que é bom a gente tentar dar um tempo quando estamos confusos... Quando nos afastamos podemos até perceber o quanto amamos a pessoa e que a sua falta é indescritível. Falo no sentido de casais recentes, como o Edward e a Carol, que têm um relacionamento curto.
      Beijão ;**

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