sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Sunset Valley (Parte II)


- Então, como eu estava muito estressado, o John sugeriu que fizéssemos essa longa viagem. – Disse, encerrando a minha narrativa sobre a viagem.
- Meu filho, e o seu cabelo? Ele estava tão bonito... – Mamãe parecia inconformada pelo novo corte.
- Bom, esse foi um “pequeno acidente”... Enquanto eu e o John explorávamos algumas tumbas no Egito, acabei me aproximando do fogo... – Cínico, McGold começou a rir. - Ai, tive de cortar o cabelo bem curto, porque ficou HOR-RÍ-VEL! Agora ele já está maior! 



Levantei e disse:
- Bem, agora vamos tomar um banho e descansar... O John pretende... Err... Ver as novidades da cidade.
Mamãe levantou-se e me deu um abraço.
- Meu querido, eu fico tão feliz que você tenha vindo! Esse será o dia mais feliz desse ano! Eu te amo!
- Também te amo, mãe!



Chamei John para mostrar as nossas acomodações. Ficaríamos em meu antigo quarto.
- É sério que esse era seu quarto?  - Disse meu amigo querendo rir.
- Claro! Como você acha que seria o quarto de um nerd?
- Então, onde posso colocar as minhas coisas e onde tomo banho?
- Pode colocar suas coisas no guarda-roupas. Está vazio. Vamos dividir ele. E banho você pode tomar entrando na porta em frente à porta da rua.



Assim que terminei de responder ao meu amigo, um vazio bateu dentro de mim. As lembranças de minha adolescência e principalmente de Marina me faziam sentir um remorso e até mesmo um medo por estar naquela cidade.

- Está tudo bem? – Perguntou meu amigo.
- Sim. Pode ir. – Se eu contasse ao McGold o motivo de minha tristeza, provavelmente ele se chatearia. E o que eu não queria era brigar com ele em véspera de Natal. 



John voltou para o quarto após seu banho. Eu havia trocado de roupa, tomaria banho mais tarde. Liguei o computador para checar meus e-mails e nem percebi a presença de Rufus na cama que John dormiria.
Meu amigo entrou no quarto e vendo a presença de nosso cachorro, começou a falar:
- Ah cara! Eu não acredito! Esse cachorro ta de sacanagem com a minha cara! Sai daí, pulguento! Anda! Se não eu deito por cima de você!
- Acho que ele está com ciúmes... Ele dormia comigo aqui no quarto. Pode deixar que eu o tiro daí.



Chamei Rufus para o chão e comecei a fazer carinho em sua barriga.
- Isso! Bom garoto! Nada de ficar perturbando o tio McGold. Ele não mete medo.
- a-há-há-há-há! – John soltou uma risada irônica. – Agora posso deitar?! E me faz um favor: tranca a porta para esse cachorro não me matar enquanto eu estiver dormindo!
- Pode deixar! – É claro que eu não o obedeci. Rufus nunca mordou ou rosnou para ninguém, apenas estranhara as pessoas logo quando as conhecia, mas depois tornava-se leal a eles.

4 comentários:

  1. Eita! Dois gatos num quarto só!!! *____*
    Mas.....ainda prefiro o Rufus! Amei ele, se ele quiser dormir comigo eu ficarei bem a vontade. Já tô acostumada a dormir com um cão roncando ao meu lado! rsrsrsr

    beijos!

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  2. Sobre sua resposta a meu comentário... sim, posso te ensinar a viver, cada um aproveita o que tem da melhor maneira você tem de aproveitar a vida, eu aproveito a morte e pelo visto ela anda muito mais animada que a sua vida... Não se preocupe prefiro o pescoço de mulheres, minha vida é guiada por dois "s", sexo e sangue, e com ela posso ter os dois ao mesmo tempo.

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  3. Não sei o que há de errados com vocês, passado é passado, e se ela te traiu não há problema, poderiam ter feito um relacionamento aberto... bem, mais divertido, ela fica com quem quiser e você também. Não sei o motivo de vocês humanos se importarem tanto com essa época natalina... É só uma época em que vocês se reúnem dificultam um pouco nossa alimentação...

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  4. Meg, fico feliz que tenha comentado!
    Fico muitíssimo grato pelo seu elogio. Ah, o Rufus é um fofo mesmo e muito sapeca. Pelo menos não destroi móveis!
    Um beijão, querida! ;*

    Ares, dizem que vivendo aprendemos... Seria bem interessante compartilhar experiências de vida com um vampiro. A minha vida é guiada por dois "a": amor e amizade. Nós humanos até parecemos fáceis, porém somos todos complexos - inclusive os vampiros.
    O passado tinha mesmo de ficar para trás, mas infelizmente existem coisas que não mudam. Não sei se você já sentiu isso, mas um amor verdadeiro perdura em nossas vidas por um bom tempo... Ou até mesmo para sempre.
    Abraços!

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